Professores estaduais continuam em greve
A greve dos professores continua. Parados desde o dia 8 de abril, os professores da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais votaram, em assembleia realizada na quarta-feira, 5 de maio, em Belo Horizonte, pela continuidade da paralisação. No dia anterior, o Tribunal de Justiça/MG determinou que a greve é ilegal e deveria ser suspensa. Caso contrário, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte) teria de arcar com uma multa de R$ 10 mil por dia.
O Sindicato vai recorrer da decisão, mas comunicou que está disposto a pagar a multa diária, se perder a ação. Uma nova assembléia acontecerá no dia 11 de maio, às 14 horas, na Praça da Assembléia Legislativa, na capital mineira.
10 mil em del-Rei
Na tarde do dia 21 de abril, Dia de Tiradentes - o mártir da Inconfidência Mineira - gritos de dignidade ecoaram por São João del-Rei. Aproximadamente 10 mil professores estaduais, vindos de todas as regiões de Minas Gerais, reivindicaram salários dignos e melhores condições de trabalho. O centro da cidade foi palco para a maior mobilização em municípios históricos organizada pelo SindUte.
No dia da Inconfidência Mineira, a mobilização teve um forte significado simbólico, já que foi realizada em terra da democracia e liberdade. “É sabido, por todos, que São João del-Rei é terra de poetas, artistas, músicos, políticos e politicagem. Por isso, nesse dia de tantas comemorações cívicas, é de grande importância que essa cidade seja palco de mobilização e reivindicações sociais”, afirmou a diretora do SindUte, Maria Nazaré dos Santos, a Fufa.
Durante a manifestação, nesta cidade, o governo mineiro foi atacado diretamente, porque, segundo os manifestantes, “sucateou e abandonou a educação”.
Piso salarial
Segundo os organizadores, em média, 75% dos professores da Rede Estadual de Ensino estão em greve. Eles pararam porque, conforme afirmam, o Governo de Minas Gerais não cumpre a Lei Federal nº. 11.738/08 – que estipula o piso salarial dos profissionais de educação em R$ 1.312,85. Contracheques lidos na manifestação exemplificam os vencimentos irrisórios recebidos pelos profissionais da educação: uma professora magistrada ganha R$ 369; um professor com nível superior, R$ 481 e um auxiliar de educação, R$ 315. “Isso não é novidade. Temos que denunciar os péssimos salários e fazer com que a sociedade entenda e apoie a greve”, falou a coordenadora geral do SindUte, Beatriz da Silva Cerqueira.
Para José Luiz Rodrigues, diretor do SindUte, educação, saúde, moradia e democracia estão enforcadas em Minas Gerais. “O mundo da fantasia de Aécio Neves e Antônio Anastasia é feito de enganação, eles acabaram com a cidadania. Os professores precisam trabalhar três turnos para conseguirem sobreviver com seu salário de fome”, afirmou Rodrigues.
Negociações
No dia 21 de abril, o ministro da Educação, Fernando Haddad, que estava nesta cidade inaugurando os novos prédios da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), atendendo a um pedido dos professores estaduais mineiros, intermediado pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), recebeu representantes do comando de greve.
Haddad reafirmou o compromisso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de chamar os governadores para assentar à mesa e conversar de forma que o piso nacional seja cumprido. “Vamos reunir com a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) para avaliar o que pode ser incluído no PNE (Plano Nacional da Educação). O governador tem que participar desse debate”, afirmou o ministro.
Segundo Reginaldo Lopes, presidente do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais (PT-MG) e membro da Frente Parlamentar em Defesa do Piso Salarial Nacional do Magistério, “os governadores que questionam a lei do piso, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), como o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, estão prestando um desserviço a seus Estados e ao Brasil”. E denunciou: “Aqui, em Minas, é uma vergonha o salário da Educação. O PSDB - que governa, há 16 anos, esse Estado (quatro do Azeredo, quatro do Itamar e oito do Aécio) – trata com desrespeito os profissionais da Educação”.
Para o prefeito de Alfenas, o são-joanense Pompílio Canavez, que esteve em São João del-Rei no dia 21 de abril, “a luta pela melhoria das condições de trabalho e salariais dos educadores de Minas Gerais merece o apoio de todos que acreditam na Educação como forma de garantir a democracia e o desenvolvimento do nosso País”.
O ministro Fernando Haddad, acompanhado do deputado Reginaldo Lopes, recebeu, no campus Dom Bosco, representantes do comando de greve
O Sindicato vai recorrer da decisão, mas comunicou que está disposto a pagar a multa diária, se perder a ação. Uma nova assembléia acontecerá no dia 11 de maio, às 14 horas, na Praça da Assembléia Legislativa, na capital mineira.
10 mil em del-Rei
Na tarde do dia 21 de abril, Dia de Tiradentes - o mártir da Inconfidência Mineira - gritos de dignidade ecoaram por São João del-Rei. Aproximadamente 10 mil professores estaduais, vindos de todas as regiões de Minas Gerais, reivindicaram salários dignos e melhores condições de trabalho. O centro da cidade foi palco para a maior mobilização em municípios históricos organizada pelo SindUte.
No dia da Inconfidência Mineira, a mobilização teve um forte significado simbólico, já que foi realizada em terra da democracia e liberdade. “É sabido, por todos, que São João del-Rei é terra de poetas, artistas, músicos, políticos e politicagem. Por isso, nesse dia de tantas comemorações cívicas, é de grande importância que essa cidade seja palco de mobilização e reivindicações sociais”, afirmou a diretora do SindUte, Maria Nazaré dos Santos, a Fufa.
Durante a manifestação, nesta cidade, o governo mineiro foi atacado diretamente, porque, segundo os manifestantes, “sucateou e abandonou a educação”.
Piso salarial
Segundo os organizadores, em média, 75% dos professores da Rede Estadual de Ensino estão em greve. Eles pararam porque, conforme afirmam, o Governo de Minas Gerais não cumpre a Lei Federal nº. 11.738/08 – que estipula o piso salarial dos profissionais de educação em R$ 1.312,85. Contracheques lidos na manifestação exemplificam os vencimentos irrisórios recebidos pelos profissionais da educação: uma professora magistrada ganha R$ 369; um professor com nível superior, R$ 481 e um auxiliar de educação, R$ 315. “Isso não é novidade. Temos que denunciar os péssimos salários e fazer com que a sociedade entenda e apoie a greve”, falou a coordenadora geral do SindUte, Beatriz da Silva Cerqueira.
Para José Luiz Rodrigues, diretor do SindUte, educação, saúde, moradia e democracia estão enforcadas em Minas Gerais. “O mundo da fantasia de Aécio Neves e Antônio Anastasia é feito de enganação, eles acabaram com a cidadania. Os professores precisam trabalhar três turnos para conseguirem sobreviver com seu salário de fome”, afirmou Rodrigues.
Negociações
No dia 21 de abril, o ministro da Educação, Fernando Haddad, que estava nesta cidade inaugurando os novos prédios da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), atendendo a um pedido dos professores estaduais mineiros, intermediado pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), recebeu representantes do comando de greve.
Haddad reafirmou o compromisso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de chamar os governadores para assentar à mesa e conversar de forma que o piso nacional seja cumprido. “Vamos reunir com a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) para avaliar o que pode ser incluído no PNE (Plano Nacional da Educação). O governador tem que participar desse debate”, afirmou o ministro.
Segundo Reginaldo Lopes, presidente do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais (PT-MG) e membro da Frente Parlamentar em Defesa do Piso Salarial Nacional do Magistério, “os governadores que questionam a lei do piso, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), como o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, estão prestando um desserviço a seus Estados e ao Brasil”. E denunciou: “Aqui, em Minas, é uma vergonha o salário da Educação. O PSDB - que governa, há 16 anos, esse Estado (quatro do Azeredo, quatro do Itamar e oito do Aécio) – trata com desrespeito os profissionais da Educação”.
Para o prefeito de Alfenas, o são-joanense Pompílio Canavez, que esteve em São João del-Rei no dia 21 de abril, “a luta pela melhoria das condições de trabalho e salariais dos educadores de Minas Gerais merece o apoio de todos que acreditam na Educação como forma de garantir a democracia e o desenvolvimento do nosso País”.
O ministro Fernando Haddad, acompanhado do deputado Reginaldo Lopes, recebeu, no campus Dom Bosco, representantes do comando de greve
Nenhum comentário:
Postar um comentário